sábado, 16 de junho de 2012

Fontes Teóricas



As fontes teóricas de Malinowski e Radclife-Brown



Uma das facetas de Malinowski reflete no personalismo e singularidade elaborada por seus discípulos apontando 1914, enquanto inicio da Antropologia Social. Estrategicamente se “apossando” da Sociologia demarcaram um viés contrário em relação ao evolucionismo e ao difusionismo. Umas das preocupações dos funcionalistas decorria em não abarcar uma idéia sem antes o desprendimento e cautela. Influenciados e porque não dizermos discípulos por Émile Durkheim, Malinowski e Radclife-Brown debruçavam sobre as construções religiosas em seus estudos e observações em campo. O que Malinowski denominou de imponderáveis, ou seja, interditos, devem estar no diário de campo e nas entrelinhas do manejo etnográfico. Inclusive, isoladamente seria impossível traçar um contexto cultural. Por outro lado, não confiar piamente nas informações dos nativos, tendo em vista a ambigüidade nos discursos. Em contrapartida, Radclife-Brown, amplia o conceito de rigor, por intermédio da Escola Francesa. Sobre o trabalho de campo, debruçava sobre os relatos etnográficos e procurava o entendimento da prática de campo enquanto aprendizado. No decorrer da caminhada, se converte aos preceitos de Durkheim, o que admoestava que os costumes necessita serem observados no contexto e não de forma isolada.
Os “usos sociais, categoria prenhe não poderiam ser analisados enquanto vácuos do contexto social, mas característicos desses fatos sociais. Longe da dedução simplista ou fugindo de um senso comum rasteiro, R. Brown orienta a necessidade da observação exaustiva. Na tentativa de fugir das idéias prontas, mas por intermédios das regras e como são inculcadas. A insistência e a tentativa de se apartar de idéias naturais, constituídas na Sociologia enquanto ciência natural apartava R. Brown de idéias isoladas, ao contrário, procurava compreensão sobre as relações de parentesco, totemismo e culto aos ancestrais.

Por Erivaldo Teixeira

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